segunda-feira, 25 de janeiro de 2016




          Uma são Francisco

Crise externa exerce pressão sobre negro/a que esteja empregado no mercado formal. O racismo aumenta, é um convite ao negro/a pedir conta ou surta.  Ganhar o dinheiro se torna muito mais caro. Então o empregador economiza em seguro desemprego. O  branco gosta do batuque, da energia que o negro/a traz, grava tudo e é capaz de dizer em releituras e ser negro no coração. O branco não gosta é da neurose, psicose do negro/a. Seu descarrego, seu descontrole.  Branco gosta de negro/a polido: sorri e fala baixo. Branco não gosta que o negro/a largue o blues e vai cheirar uma cocaína, uma escama, uma merla, um crack sem dinheiro desespero. Branco atmosfera, branco em todo lugar, parecer lombra bater no sol quente; para branco os votos que a esquerda levou não passou de assistencialismo. Para um negro/a foi um batuque ingênuo defender a permanência de governo coalizado, enlameado, como diz os  teóricos liberais, deixasse que o mercado se estabilize por ele mesmo. Os brancos se preocupam com negro/a orgulhoso/a, o negro/a indiferente. O negro/a tocar o foda-se. Se negro/a não endossasse, muita coisa era para ficar mais amarga. Mas embaça, tem as obrigações da religião, tempo para o patrão, gratidão, perdão, comissão; tempo para senso comusão. E não sobra um tempo para tramar estratégia de ocupar e permanecer. As vezes se perde tempo em achar que já foi   longe. Mas foi perto, falta atender muito negro/a. Mas tem muita conversa leve, pedindo calma, conversa doce, conversa sono, conversa horizontal, conversa dispersa. Ai, não entendo para que tanto rancor, nossa mestiçagem é tão linda, tão nojenta, tão foge do assunto, tão sem leitura. Quem governa sem leitura vai se preocupar com isso?! Seguranças retirem eles!
Dilmar Elemento Preto

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016




      Steve Biko na Africa do Sul chamou de traidor, quando indagado numa entrevista a respeito do/a negro/a que veste a farda do sistema racista, farda em todas as instancias de poderzinho. Lélia Gonzales o chamou de ‘’jaboticaba’’; o/a negro/a bajulador, paga pau do sistema, o que introjetou o sistema do racista, o que todo dia vende a se, e entrega outros/a negros/a para serem expostos ao maquineismo triturador dos artifícios criminosos. Como esse casal de negros estavam conscientes. Como merecem serem lembrados, reverenciados. Esses/a pretos/a por fora e de caroços intragáveis por dentro, interior branco. O Sistema é tão brutal com esses próprios negros/a. Há casos de negros militares ou civil que sofreram a dor de verem o próprio sistema que eles serviram cegamente levar seus bens mais preciosos, os próprios filhos, nas batidas rotineiras violentas. Mas infelizmente a pedagogia dessa dor é nula. Se é que os/a jabuticabas sabem o que é isso. Os/a jabuticabas que sobrevivem por dentro da estrutura, os/a jabuticabas que levam os/a branco brasil nas costas. Os/a jabuticabas tão eficientes coadjuvantes. Os/a sempre apostos a entregar os/a irmãos/a ‘’pros homi’’, os dedos de gesso, como dizia Sabotagem. Esses pária do calabouço é de embrulhar o estomago. A luta por sobrevivência é constante contra tudo e mais esses vermes. A alegria desses tipos é reproduzir piadas que os branco brasil fazem dele mesmo, crentinos a fazer vista grossa por conveniência.
Dilmar Elemento Preto