sexta-feira, 17 de julho de 2020

filmes curtas

filmes curtas a denunciar a triste rotina negra no brasil do ponto de vista das perseguições que enfrenta

https://www.facebook.com/elementospretos/videos/2678495819031099/

23 MINUTOS - PARTE 4

Num cenário sem esperanças, a morte das crianças a cada 23 MINUTOS é o perigo encontrado. A liga dos Erês invocam nos seus dinossauros e outras brincadeiras um código ao panteão dos guias do Orun, uma mensagem anos luz a ecoar conexão na direta com os levantes da negritude.
Mais um curta da série 23 MINUTOS.

ASSISTAM!!!

quinta-feira, 9 de julho de 2020

O pensamento racista que sustenta a supremacia podre ao longo das caminhadas




Sendo membro de um grupo de watzap de pessoas que debatem a situação negra, foi vinculado para as análises e reflexões da galera uma série de afirmações desumanizadoras no mundo virtual, no caso como essas racistas percebem negros e negras, casos de covardias onde essas atitudes cada vez mais ganham notoriedade e se converte em atos de crueldades explícitas.
O cenário das afirmações fez lembrar da palavra Feminaze, aplicado aqui as brancas racistas, ditas feministas que sustentam a tradição branca dos seus companheiros piratas que invadem, invadiram a América e África, e usaram os úteros sequestrados tanto dos povos originários, quanto de africanas para parir a mestiçagem  que deu origem a isso que é hoje um projeto inaugurado com estupros e banho de sangue.
A reprodução dos casamentos inter-raciais e suas proles no mundo usam as suas partes negras como naquelas fotos com a afirmação das mazelas , onde a parte branca com as mãos quase dando uma gravata de artes marciais no seu pescoço afirmando não ser racista, é possível ver nas fotos das postagens o inferno naquele sorriso negro amarelo constrangido no facebook.
O negro Frederick Douglass no século XIX, afirmou que na luta pelo direito ao voto nos Estados Unidos, buscou-se uma aliança com as brancas na luta para ter direitos ao sufrágio e elas tiverem a mesma insegurança racista de ter gente negra no poder, a mesma fobia de dividir direitos com a ‘negrada”. As brancas conservam a tradição da kuklusklan, essa organização racista.
Quando seus pares brancos saiam para pilhar e destruir, não se percebia mudanças na equidade universal de brancas no poder, na verdade as brancas estavam juntas no mesmo projeto, usando a diversidade como ferramenta de garantia e ascensão ao poder. E hoje gráficos comprovam, que a branquitude casada parou de morrer nos indicadores de qualquer condição de fragilidade.
Diante disso negro tem de ter a negra como aliada ou se não quando a branca enjoar dele no campo da trepada ele continuará linchado em cada vez que recorrer a memória da separação, e seus sofrimentos de amor vai se transformar em outras chagas ou caixão.
Enquanto isso no pagode a festa da carne acontece, além de um ritmo gostoso é também um dos espaços da cultura onde rola o jogo das conquistas e as brancas vão pra fazer sua aventura exótica atrás de um bom negrão com todas as qualidades históricas de pelo menos 5 séculos. A cultura de negro não é de apartar e sim incorporar o diferente na mesma batucada enquanto que brancos quase sempre são separatista e acham isso normal.
A existência dos clubes negros no inicio do século XX, justo para os pretos e as pretas terem seus espaços recreativos, além de remontar necessidades de sobrevivência coletiva em terras estranhas ao longo da história, foram e seriam para os dias atuais extremamente importantes, mas esse papo de república e democracia iludiu a comunidade, enquanto os espaços negros recebem brancos acreditando em qualquer tipo de igualdade, por sua vez os descendentes de europeus continuam segregando todos os espaços onde estão.
Assim se percebe tais relações aqui apontadas, na repercussão do caso da morte da criança ao cair do nono andar em Recife pela responsabilidade de uma socialite branca indiferente ao futuro de negros, essa tal ficou responsável pela criança de sua empregada realizar a nobre tarefa de passear com o cachorro da relapsa madame, desatenção historicamente seletiva, em plena pandemia. Esse fato gerou discursos odiosos e covardes nas redes sociais, encima do cadáver infantil onde a morte foi usada para reclamar a tal paternidade e ausências, com intuito de salvar uma branca empoderada, mulher do prefeito da cidade, essa sinhá ,nome agourento e sobejamente repercutido nas redes, exercia o secular home office afetivo até com seu próprio cachorro enquanto que uma família negra, chora a perda de sua criança mostrando o nefasto reencontro histórico com a novidade que também tem nos negros uma das suas principais vítimas dada as características desse país, se o vírus do Covid 19 não matou o racismo deu cabo daí a conclusão que todas as mortes negras são politizadas, se os negros não fazem isso, os brancos fazem com sua eugenia.
Semelhantes comentários aos das feminazes acontecem a todo tempo nessas redes , vale lembrar a fala da PM do Bope, enquanto as polícias corriam atrás de um menino de 12 anos pelas vielas,referiram-se a criança como “sementinha do mal”, que tem de pegar. Será que essas brancas defendem o feminismo e o seu modelo branco? Eu até entendo as negras feministas que vão buscar a teoria, mas as brancas se apropria muito mais, porque a negra é a gente boa, leva seu dia a dia pra ilustrar a teoria e a práxis do discurso, e o pagamento é amaldiçoar seu útero. Mas ele serve pra gerar brancos e nutri-los com leite.
Se as violências e racismos disseminados contra o povo negro se naturaliza vale perguntar porque o negro radical choca enquanto o branco, a branca radical é normal? Lógico que a radicalidade do presidente da Fundação Palmares nesse momento é uma espécie de camicase longe de ser um personagem novo na história, programada pela esquizofrenia caucasiana branca Brasil para exterminar o seu próprio reflexo no espelho. Vamos pensar em algum mito da criação, onde ele foi concebido em um momento atribulado de seus pais. Igual toda família negra somos feitas de contradições. No lema onde o tal amor e a felicidade é guerreira. Então essas gerações nascem e são usadas pelos brancos para nos exterminar enquanto gente. Não lembro todos os mitos da criação da humanidade, mas cito alguns, o mentor do Malcom X tinha um nome para essa maldição branca na criação. Marinba Ani pegou de um povo africano o nome desse ser mal-acabado. Fela kuti tinha um apelido para os brancos. Toda nação negra tem.
As invasões ao continente e as tradições espirituais africana desorganizaram nossa psique degenerando o nosso ethos ao ponto de ouvirmos de negros que o fato de relacionar com brancos é um favor prestado , melhora a raça,  esse pensamento é a nossa desgraça. Malcom disse que o melhor branco no debate se desconcerta e vai para o nível pessoal quando são coletivamente responsável pelo inferno que é o mundo, não sou da área dos estudos mentais, mas as leituras negras nos ensina que devemos fugir dessas armadilhas.
Uma nova percepção surge de que agora emerge um inferno mental recauchutado pois os brancos da esquerda excitados e os liberais mais contidos pela cagada na conjuntura politico partidária, deixaram ascender ao poder um branco mal programado na tradição sínica cordial Brasil mas que nunca perde a clássica guerra contra a raça negra ou simplesmente as utiliza como promoção de uma suposta bondade. Esses brancos voltarão agora na fase pós yutubers e mídias digitais interpretando Fanon e Marxismo de formas peculiares, mais um mediador do que Carter G. Woodson que no inicio do século XX chama de Deseducação do Negro.
Os nossos mentores na mesma dinâmica estão popularizando nas mídias brasileiras que movimentos negros são passiveis, não fazem nada em frente as violências sofridas ao contrário de Pretos e Pretas dos Estados Unidos por exemplo, ainda dizem que perdeu fio da miada ou as melhores chances. Mas não conseguem perceber que as forças dessa resistência tem suas sedes estão nas favelas, nos bairros, e vielas lugares que não se curvam diante das mortes provocadas pela polícia em suas ações arbitrárias e abusivas, ou na luta contra a pandemia e apoiando outras atividades negras onde o estado e o direito sempre estiveram ausentes.
Somente os pretos e pretas tem pressa; o que para os brancos e brancas do Brasil é conjuntural, para os nossos é tentar existir todo dia. E as bases do Quilombismo já foram dadas por Abdias Nascimento e companhia, que garantias os brancos realmente protagonizam além de cederem seus perfis em mídias virtuais na pandemia, será que um dia farão lobby para seus pares parlamentos liberar os documentos de nossas próprias terras já garantido na Constituição de 1988? Qual branco vai nos repassar as terras ociosas que dizem serem suas com escritura e tudo? Procuração não funcionou na escravatura. Pretas, não devemos nos impressionar com benevolência estéril de brancos e brancas sejam críticos e acríticos, a diferença é pouca, mas em suma um debate a literatura e finge nos conhecer enquanto o outro nos ataca.
Irmandade, nosso lema é brigar em casa e somar em casa, e que nossas discordâncias não sejam usadas para fortalecer os adversários, e sim pra incendiar tudo e fazer várias Palmares novamente como escreveu recentemente Professor Nelson Inocêncio e também já aventado por Solano Trindade e outros ancestrais, somar forças contra os ataques aos Quilombos e Aldeias nesse momento e onde quer que nos encontremos. É tempo de pensar e somar forças ao grande chamado pela vida negra e restabelecermos o equilíbrio em nós mesmos, precisamos dizer ao mundo, somos diásporas, somos gangues, somos cabulosos e temos vários com nós. É um trabalho e uma caminhada sempre, AXÉ e FÉ, que nos ouçamos, nos olhamos, nos sentimos, aprendemos e melhoremos, através das trocas de nossas reações, ações e criações.


Texto de Dilmar Zambi colaboração de Rafael dos Santos Coletivos Elementos Pretos