sexta-feira, 30 de outubro de 2015




cuversar
   O  shopping fede a casquinha de sorvete. Comprar um sorvetinho desses alimenta a ilusão que foi ao shopping. Mesmo sem fazer outras compras. Gasta tempo. Mas tempo também é ouro. Mas, se encontrar uma pessoa interessante. Shopping é mato, interesse é ao lado da companhia a ver vitrines. Aqueles bancos sem encosto, aquelas moitas de plantas, de plástico  muitas vezes. Muito negro/a de avental e de saco cheio da ostentação de isopor. Shopping sempre fedeu azedo daquelas comidas com  derivadas do leite, sei lá. Shopping é o templo do consumo do capitalismo? Das marcas das mesmas coisas, mais caras, pela grife dos preços embutidos. Do passeio do racistinha, do alienado para as coisas que escolheu. E o segurança de paletó e seu rádio. Talvez seja bom cagar em shopping. Instalações de isopor, teto de isopor, decorações de isopor. Trampar no shopping. Perder a fantasia é no baú de volta. São bonitas mesmo as compras e desfilar com aquelas sacolas dessas lojas? Dá é esparro, alguém vai cobiçar aquelas merda de compra. Se estiver nas  prestações, boleto ou cartão. Se perder. A administradora de cartões e spc, não querem nem saber. Agora no shopping fede  pipoca. A hora se esvai para onde? Fica aí, para quem tem carro, para quem pega ônibus. Quem tem plantão no final de ano. Para quem da graças a deus de ter gerentes idiotas e estar trabalhando, cada um/a que rogue. Os dentro governo, os fora governo, todo mundo vai naquela bosta especulativa. Pessoas em situação difícil das ruas são impedidas de entrar no shopping.

Mardil, quase no mês da consciência negra, sem feriado nacional, por hora só bandidagem nas gravatas. Já tem bustos e estátuas, feriados municipais, mas nada para todos/a negros/a.

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